A oração e a meditação são nossos meios principais de contato consciente com Deus.
Nós AAs somos pessoas ativas, desfrutando a satisfação de lidar com as realidades da vida, geralmente pela primeira vez em nossas vidas, tentando vigorosamente ajudar o primeiro alcoólico que aparecer. Portanto, não é de se estranhar que, com frequência, tendamos a não dar importância à meditação séria e à oração, tratando-as como coisas desnecessárias. Sem dúvida, chegamos a considerá-las como algo que possa nos ajudar a enfrentar uma emergência, mas, a princípio, muitos dentre nós entendem-nas como expressão de um dom misterioso dos religiosos, do qual podemos esperar um benefício de segunda mão. Ou talvez não acreditemos em nada dessas coisas.
Para certos ingressantes e para aqueles antigos agnósticos que ainda se apegam ao grupo de A.A. como seu poder superior, as afirmações sobre o poder da oração, apesar de toda a lógica e a experiência que a comprovam, podem não convencer e até desagradar bastante. Aqueles entre nós que uma vez já se sentiram assim, certamente podem ter por eles simpatia e compreensão. Recordamo-nos muito bem da revolta que se levantava em nosso íntimo contra a ideia de ajoelhar-se perante qualquer Deus.
Outros, usando lógica convincente, “provavam” a não existência de Deus. E os acidentes, a doença, a crueldade e a injustiça no mundo? E todas essas vidas infelizes, resultados diretos da pobreza e de um conjunto de circunstâncias incontroláveis? À vista desses fatos, não poderia haver justiça e, consequentemente, qualquer Deus.
Às vezes, argumentávamos de outra maneira. Está certo, nós dizíamos, a galinha provavelmente veio antes do ovo. Sem dúvida o universo teve algum tipo de “origem primária”; o Deus do átomo, quem sabe, transformando-se sucessivamente em frio e calor. Mas certamente não havia indicação alguma da existência de um Deus que conhecia e se interessava pelos homens. Gostávamos de A.A. e não hesitávamos em dizer que operava milagres. Todavia, diante da meditação e da oração, sentíamos o mesmo retraimento do cientista que se recusava a realizar certa experiência por temor de ter que derrubar sua teoria predileta. É claro que no fim resolvemos experimentar e, quando surgiram resultados inesperados, nós vimos as coisas diferentes; de fato, entendemos de forma diferente e aceitamos totalmente a ideia de meditação e oração. E isso, descobrimos, pode acontecer com qualquer pessoa que as experimente. Acertou quem disse que “aqueles que zombam da oração são, quase sempre, os que não a experimentaram devidamente.”
Entretanto, depois de experimentar e verificar os resultados da oração e meditação mudam de opinião.
Usada regularmente, a oração passa a ser indispensável. É ela que permite a presença de Deus na vida do alcoólico. Quando a autoanálise, a meditação e a oração “são postas em ação harmônica e logicamente, resultam em uma base inabalável para toda a vida”; (Os Doze Passos, p. 89).
O exame dos pensamentos e sentimentos permite que a ação e graça de Deus exerça influência na parte negativa e escura do ser. A ferramenta que ilumina esta parte escura é a meditação.
Para os alcoólicos que não sabem por onde começar, sugere-se que busquem uma oração que os satisfaça, como por exemplo, a de São Francisco de Assis: “Ó Senhor! Faze de mim um instrumento de Tua paz…” (Os Doze Passos, p. 90).
Sugere-se o abandono de qualquer resistência, para poder sentir e aprender com as palavras da oração. Se surgirem pensamentos de menosprezo às idéias epropostas, convém lembrar que, com o álcool, valorizava-se o uso da imaginação, mas o problema era que a imaginação não se dirigia a objetivos funcionais.
Como sucede quando se quer construir uma casa, cujo projeto se inicia com o uso da imaginação, a meditação ajuda a ter uma noção do objetivo espiritual. Para facilitar o relaxamento, pode-se imaginar que se está em uma praia, nas montanhas ou planícies. São apresentadas também algumas reflexões sobre esta oração, bem como, algumas características do processo de meditação. Um dos primeiros resultados da meditação é o equilíbrio emocional.
A oração, por sua vez, “… é a elevação do coração e da mente para Deus (…) O estilo comum de oração é uma petição a Deus”. (Os Doze Passos, p. 92-93). Existe tentação de expressar pedidos na oração para resolver situações da maneira que se pensa ser adequada e que, com frequência, não é a vontade de Deus. Convém lembrar a parte do enunciado deste passo que define as necessidades: conhecer a vontade de Deus e obter forças para realizá-la.
Diante de situações delicadas, pode-se pedir da mesma forma: ‘”Seja feita a Sua vontade e não a minha.”’ (Os Doze Passos, p. 93). Em momentos críticos, a lembrança de que, como diz a oração, “é melhor consolar do que ser consolado, compreender do que ser compreendido, amar do que ser amado” traz consigo a intenção deste passo.
Esperar uma resposta certa e definida de Deus para uma situação perturbadora e específica apresenta um sério risco. Frequentemente os pensamentos que parecem ser uma resposta divina são justificativas feitas inconscientemente, embora bem intencionadas. “É um indivíduo muito desconcertante o A.A., ou qualquer outro homem, que tenta implantar rigorosamente em sua vida este modo de rezar, com esta necessidade egoística de respostas divinas. (…) Com a melhor das intenções, ele tende a impor sua própria vontade em qualquer situação ou problema…” (Os Doze Passos, p. 94).
Em relação a outras pessoas, pode surgir uma tentação semelhante, quando se pede a Deus que resolva determinada dificuldade da maneira como se acha que deve ser.
A.A. sugere que, tanto para si como para os outros, a oração deveria pedir que se cumprisse a vontade de Deus.
A experiência em A.A. mostra que, na medida em que se busca aumentar o contato com Deus e se deixa de dizer a Ele o que queremos, nova força e uma benéfica orientação se manifestam. Podem surgir períodos de rebelião, nos quais ocorre uma recusa a rezar. Não se deve usar de muito rigor consigo próprio quando isto ocorre, mas apenas, tão logo seja possível, deve-se voltar à prática da oração.
Possivelmente, uma das grandes recompensas obtidas com a oração e meditação é a convicção de se fazer parte: não existe mais a sensação de abandono, medo e insegurança. No momento em que se tem um pequeno vislumbre da vontade de Deus, e que se percebe a verdade, a justiça e o amor como valores permanentes, sabe-se que o amor de Deus estará sempre velando por nós. Tudo estará permanentemente bem quando nos voltamos para Ele.
Após perder a minha carreira, família e saúde, não tinha ainda me convencido de que minha maneira de viver precisava ser vista de uma nova forma. A bebida e o uso de outras drogas estavam me matando, mas eu nunca tinha encontrado uma pessoa em recuperação ou um membro de A.A.
Pensava que meu destino era morrer sozinho e que eu merecia isso. No auge do meu desespero, meu filho menor adoeceu gravemente com uma rara enfermidade. Os esforços dos médicos para ajudá-lo provaram ser inúteis. Redobrei meus esforços para bloquear meus sentimentos, porém, agora o álcool havia deixado de surtir efeito. Estava só olhando fixamente os olhos de Deus, suplicando Sua ajuda. Em alguns dias, devido a uma estranha série de coincidências tive meu primeiro contato com A.A. e desde então tenho permanecido sóbrio. Meu filho sobreviveu e sua doença está em regressão. Todo o episódio me convenceu da minha impotência e da perda de controle da vida. Hoje meu filho e eu agradecemos a Deus por Sua intervenção.
Um alcoólico sóbrio acha muito mais fácil ser otimista sobre a vida. Otimismo é o resultado natural de me encontrar gradualmente possibilitado de tirar o melhor proveito de cada situação. À medida que minha sobriedade física continua, eu saio do nevoeiro, ganho uma perspectiva mais clara, e posso determinar melhor que curso de ação tomar. A sobriedade física é tão vital que posso adquirir um maior potencial desenvolvendo uma disposição sempre crescente para valer-me da orientação e direção de um Poder Superior. Minha capacidade para fazer isto vem do meu aprendizado – e prática – dos princípios do programa de A.A.
A fusão de minha sobriedade física com a espiritual produz a substância de uma vida mais positiva.
Se faço primeiro meu autoexame, tenho certeza de que terei bastante humildade para orar e meditar – porque verei e sentirei a necessidade de fazê-lo. Alguns desejam começar e terminar com a oração, deixando um intervalo para o autoexame e a meditação, enquanto outros começam com a meditação, escutando os conselhos de Deus sobre seus defeitos ainda escondidos ou não reconhecidos. Outros ainda se empenham num trabalho escrito e verbal de seus defeitos, terminando com uma oração de louvor e de ação de graças. Estes três – autoexame, meditação e oração – formam um círculo sem começo nem fim. Não importa onde ou como eu começo, aos poucos chego ao meu destino: uma vida melhor.
Os últimos três Passos do programa invocam a disciplina amorosa de Deus sobre a minha natureza obstinada. Se dedico apenas alguns momentos toda a noite para uma revisão dos pontos mais importantes do meu dia, junto com o reconhecimento daqueles aspectos que não me agradam muito, eu ganho uma história pessoal de mim mesmo, uma história que é essencial à minha caminhada para o autoconhecimento.
Fui capaz de perceber meu crescimento, ou a falta dele, e pedir numa prece para ser aliviado desses defeitos de caráter contínuos que me causam sofrimento. Meditação e oração também me ensinam a arte de concentrar-me e escutar.
Verifico que a confusão do dia se acalma quando rezo por Sua orientação e vontade. A prática de pedir a Ele que me ajude em meus esforços para a perfeição coloca uma nova perspectiva ao tédio de cada dia, porque sei que existe honra em qualquer trabalho bem feito. A disciplina diária de oração e meditação me manterá em boa condição espiritual, capaz de encarar qualquer coisa que o dia me traga, sem pensar em uma bebida.
As primeiras palavras que falo, quando levanto de manhã são: “Oh! Deus, me levanto para fazer a Tua vontade!”
Esta é a oração mais curta que conheço e ela está profundamente enraizada em mim. A oração não muda a atitude de Deus para comigo: ela muda minha atitude para com Deus.
Distinta da oração, a meditação é um tempo calmo, sem palavras. Estar centrado é estar fisicamente relaxado, emocionalmente calmo, mentalmente focalizado e espiritualmente consciente. Uma maneira de manter o canal aberto e melhorar meu contato consciente com Deus, é manter uma atitude de gratidão. Nos dias em que sou grato, coisas boas parecem acontecer em minha vida. No momento que começo a xingar as coisas na minha vida, o fluxo de bem pára. Deus não interrompeu o fluxo: minha própria negatividade é que o interrompeu.
Quando eu “me solto e me entrego a Deus”, penso mais clara e sabiamente. Sem ter que pensar a respeito, rapidamente me livro das coisas que me causam dor e desconforto. Como acho difícil me livrar da espécie de pensamentos e atitudes preocupantes que me causam uma imensa angústia, tudo que preciso fazer nestas horas é permitir que Deus, como eu O concebo, me liberte delas e no mesmo instante me solto de pensamentos, recordações e atitudes que estão me incomodando.
Quando recebo ajuda de Deus como eu O concebo, posso viver minha vida um dia de cada vez e lidar com os desafios que apareçam no meu caminho. Somente então posso viver uma vida de vitória sobre o álcool, numa sobriedade confortável.
Meu crescimento espiritual é com Deus como eu O concebo.
Com Ele eu encontro meu verdadeiro eu interior. Meditação e oração diárias renovam e reforçam minha fonte de bem-estar. Recebo então a abertura para aceitar tudo que Ele me oferece. Com Deus tenho a afirmação reiterada de que minha jornada era como Ele deseja para mim e, por isso sou grato de ter Deus na minha vida.
É isso: “fazer parte”.
Após uma sessão de meditação, sabia que o sentimento que experimentava era uma sensação de fazer parte, porque me sentia tão à vontade. Eu sentia muita quietude interna, com mais disposição para deixar de lado pequenas irritações.
Apreciava meu senso de humor. O que também experimento na minha prática diária é o puro prazer de pertencer ao fluxo criativo do mundo de Deus. Como é favorável para nós, que a oração e a meditação estejam escritas diretamente em nossa maneira de vida de A.A.
Rezo para estar sempre disposto a recordar que sou filho de Deus, uma alma divina numa forma humana, e que a tarefa mais urgente e básica na minha vida é aceitar, conhecer, amar e cuidar de mim mesmo. Quando me aceito, estou aceitando a vontade de Deus. Quando me conheço e me amo, estou conhecendo e amando a Deus. Quando cuido de mim, estou agindo sob a orientação de Deus. Rezo para ter disposição de abandonar minha arrogante autocrítica, e louvar a Deus humildemente aceitando-me e cuidando de mim mesmo.
Eu invisto o meu tempo no que realmente amo. O Décimo Primeiro Passo é uma disciplina que me dá condições de ficar junto com meu Poder Superior, lembrando-me que, com a ajuda de Deus, intuição e inspiração são possíveis.
A prática deste Passo conduz ao amor-próprio. Na tentativa consciente para melhorar meu contato consciente com um Poder Superior, sou sutilmente lembrado do meu passado doentio, com suas estruturas de pensamentos grandiosos e sentimentos falsos de onipotência. Quando peço por força para realizar a vontade de Deus para mim, torno-me consciente da minha impotência. Humildade e um saudável amor-próprio são compatíveis, um resultado direto de trabalhar o Décimo Primeiro Passo.
O Décimo Primeiro Passo não precisa me esmagar. O contato consciente com Deus pode ser tão simples e tão profundo como o contato com outro ser humano. Posso sorrir. Posso escutar. Posso perdoar. Todo encontro com o outro é uma oportunidade para a oração, para reconhecer a presença de Deus dentro de mim.
Hoje posso me aproximar um pouco mais do meu Poder Superior. Quanto mais procuro a beleza do trabalho de Deus nas outras pessoas, mais seguro estarei de Sua presença.
Manter minha condição espiritual é como fazer exercício todo dia, planejando a maratona, nadando, correndo. É permanecer em boa forma espiritualmente, e isto requer prece e meditação. A mais simples e mais importante maneira de melhorar meu contato consciente com o Poder Superior é rezar e meditar. Sou impotente perante o álcool como sou para fazer voltar as ondas do mar; nenhuma força humana teve o poder para vencer o meu alcoolismo. Agora sou capaz de respirar o ar de alegria, da felicidade e da sabedoria. Tenho o poder para amar e reagir aos eventos à minha volta com os olhos de uma fé em coisas que não são aparentes. Meu alívio diário significa que não importa o quanto as coisas pareçam ser difíceis e dolorosas. Hoje eu sempre posso recorrer à força do programa para permanecer liberto de minha sutil, frustradora e poderosa doença.
Algumas vezes grito, bato o pé e dou as costas para o meu Poder Superior. Então minha doença me diz que sou um fracasso e que, se continuar zangado, com certeza irei beber. Nesses momentos de obstinação é como se eu tivesse escorregado de um penhasco e uma mão me apanhasse. A mensagem acima é a minha rede de segurança, no sentido de que me instiga a tentar algum novo comportamento, como o de ser amável e paciente comigo mesmo. Ela me garante que meu Poder Superior esperará até eu estar disposto mais uma vez a arriscar a me entregar, cair na rede e rezar.
Eu estava escorregando para fora do programa já algum tempo, mas foi preciso a ameaça de uma doença terminal para me trazer de volta e, particularmente, para a prática do Décimo Primeiro Passo de nossa abençoada Irmandade. Embora tivesse quinze anos de sobriedade e fosse ainda muito ativo no programa, sabia que a qualidade da minha sobriedade caíra bastante. Dezoito meses mais tarde, um exame revelou um tumor maligno e o prognóstico de morte certa dentro de seis meses. O desespero se instalou quando me registrei em um programa de reabilitação, após o qual sofri dois pequenos ataques que revelaram dois grandes tumores no cérebro. Enquanto ia atingindo novos fundos de poço, eu me perguntava por que isto estava acontecendo comigo. Deus permitiu que eu reconhecesse minha desonestidade e que me tornasse capaz de aprender novamente.
Mas basicamente reaprendi o significado total do Décimo Primeiro Passo. Minha condição física melhorou dramaticamente, e minha doença é insignificante, comparada com o que quase perdi.
Eu peço simplesmente que durante o dia Deus coloque em mim o melhor entendimento de Sua vontade que eu possa ter, e que me conceda a graça de poder executá-la.
No transcorrer do dia posso fazer uma pausa quando diante de situações que precisam ser enfrentadas e de decisões que precisam ser tomadas, e renovar o pedido simples: “Seja feita a Tua vontade, não a minha.”
Devo ter sempre em mente que em toda situação eu sou responsável pelo resultado. Posso “Soltar-me e entregar-me a Deus”, repetindo humildemente: “Seja feita a Tua vontade e não a minha.”. Paciência e persistência na procura de Sua vontade me libertarão da dor de expectativas egoísticas.
Oh! Mestre! Faze que eu procure menos ser consolado do que consolar; ser compreendido do que compreender; ser amado do que amar: Pos é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado; é morrendo que se vive para a Vida Eterna!”
Não importa em que parte do meu crescimento espiritual me encontre, a oração de São Francisco me ajuda a melhorar meu contato consciente com o Deus do meu entendimento. Penso que uma das grandes vantagens de minha fé em Deus é que eu não O entendo. Pode ser que meu relacionamento com meu Poder Superior seja tão proveitoso, que eu não precise entender. Tudo que sei é que se prático o Décimo Primeiro Passo regularmente, da melhor maneira que posso, continuarei a melhorar meu contato consciente, conhecerei a Sua vontade para comigo e terei forças para executá-la.
Eu não pretendo ter todas as respostas em assuntos espirituais, nem pretendo ter todas as respostas sobre alcoolismo. Existem outros que também estão engajados numa busca espiritual. Se mantenho a mente aberta sobre o que os outros têm a dizer, tenho muito a ganhar. Minha sobriedade grandemente enriquecida e minha prática do Décimo Primeiro Passo é mais proveitosa, quando faço uso tanto da literatura e as práticas de minha tradição judaico-cristã, bem como dos recursos de outras religiões.
Assim, recebo apoio de muitas fontes para ficar longe do primeiro gole.
(Fonte: Reflexões Diárias – paginas: 85-315-316-317-319-320-321-323-324-327-328-331-332-333-334-337)
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