Nós, que estamos hoje em A.A., viemos porque finalmente desistimos de controlar nossa maneira de beber. Nós ainda detestávamos admitir que nunca poderíamos beber normalmente. Então ouvimos de outros membros de A.A. que estávamos doentes. (Nós pensamos assim durante anos!) Descobrimos que muitas pessoas apresentavam os mesmos sentimentos de culpa, solidão e desespero que nós tínhamos. Descobrimos que tínhamos estes sentimentos por sermos portadores da doença do alcoolismo.
Decidimos encarar o que o álcool havia feito conosco. Aqui estão algumas perguntas que tentamos responder honestamente. Se respondemos “SIM” para quatro ou mais questões, estamos com sérios problemas com a nossa maneira de beber. Veja o resultado. Lembre-se, não há nenhuma vergonha em encarar o fato de que você tem um problema.
Após seus primeiros anos de êxito, a Irmandade atraiu uma atenção muito favorável da imprensa. Artigos elogiando A.A. apareciam em jornais e revistas de todo o país. Com cada novo artigo, o prestígio de A.A. crescia. Naquela época os membros ainda receavam as consequências de aparecer em público, e portanto as primeiras coberturas de imprensa preservavam seu anonimato para sua própria proteção.
À medida que o conhecimento público sobre o alcoolismo aumentava, o estigma diminuía, e logo alguns membros de A.A. começaram a admitir sua afiliação para a imprensa. Um dos primeiros a fazê-lo foi um
famoso jogador de beisebol cuja reabilitação fora tão espetacular que os jornais dedicaram especial atenção à sua bem-sucedida luta contra o álcool. Acreditando que pudesse ajudar A.A. ao revelar sua condição de membro da Irmandade, ele falou dela abertamente. Os próprios fundadores de A.A. endossaram sua atitude, simplesmente porque ainda não tinham experimentado as consequências de uma tal publicidade.
Por essa razão outros membros decidiram quebrar seu anonimato na imprensa – alguns movidos por boas intenções, outros motivados por interesses pessoais.
Alguns membros conceberam esquemas para usar sua afiliação a A.A. em toda espécie de atividades empresariais: venda de seguros, locais conhecidos como “fazendas de desintoxicação”, e até mesmo uma revista sobre temperança, só para mencionar algumas.
Não tardou muito para que os responsáveis pelos serviços centrais de A.A. percebessem que os violadores do anonimato poderiam rapidamente colocar em perigo a reputação tão duramente conquistada pela Irmandade. Perceberam também que, se fizessem uma única exceção, outras inevitavelmente se seguiriam. Para garantir a unidade, a eficácia e o bem-estar de A.A., o anonimato deveria valer para todos os membros. O anonimato era a salvaguarda de tudo o que A.A. representava.
Mais recentemente, a chegada de novas formas de comunicação eletrônica, tais como as redes sociais, oferecem veículos novos para levar a mensagem de A.A. ao público. A comunicação moderna flui em alta tecnologia, relativamente aberta e rapidamente divulgada.
Proteger o anonimato é a maior preocupação para os membros de A.A. que estão acessando a internet em número cada vez maior.
Ao acentuar a igualdade de todos os membros de A.A. – e a sua unidade no propósito comum de recuperar-se do alcoolismo – o anonimato serve como alicerce espiritual da Irmandade. Em 1946 nosso cofundador Bill W. escreveu: “A palavra ´anônimo´ tem para nós um enorme significado espiritual. De forma sutil mas poderosa, ela nos relembra que sempre devemos colocar os princípios acima das personalidades; que renunciamos a toda glória pessoal em público; que nosso movimento não apenas prega, mas realmente pratica a verdadeira humildade”.
Muitos de nós em A.A. fizemos todos os tipos de promessas para nós mesmos e para nossos familiares, mas não pudemos mantê-las. Então, ingressamos em A.A. e nos disseram: “tente não beber hoje”. Se não beber hoje, não ficará bêbado hoje.
Em A.A. não dizemos a ninguém o que fazer. Falamos apenas de nosso modo de beber, os problemas que tivemos e como coseguimos parar. Teremos o maior prazer em ajudá-lo se você quiser.
Tentamos de todas as maneiras. Fizemos nossas bebidas mais fracas. Bebíamos cerveja, ou não bebíamos destilados, ou bebíamos apenas nos finais de semana. Tentamos todas maneiras, mas se ingeríssemos qualquer bebida que contivesse álcool, geralmente ficávamos bêbados…
Você precisa de uma bebida para iniciar suas atividades ou para parar de tremer? Este, com certeza, é um sinal que não está bebendo “socialmente”.
Uma hora ou outra muitos de nós se perguntaram por que não somos como a maioria das pessoas, que podem beber sem criar problemas.
Seja honesto! O médico diz que quem tem problemas com o álcool, se continuar bebendo, ficará pior, nunca melhor. Eventualmente morrerá ou terminará seus dias em um sanatório. A única esperança é para de beber.
Antes de chegarmos em A.A., a maioria de nós dizia que as pessoas ou os problemas domésticos é que nos levavam a beber. Não conseguíramos ver que a nossa maneira de beber é que piorava tudo. Beber nunca resolveu problemas.
Muitos de nós costumávamos beber antes de chegar a este tipo de festa. Se as bebidas não fossem servidas rapidamente, íamos para algum lugar para conseguir mais.
Muitos de nós acreditávamos que bebíamos por que queríamos. Depois de chegarmos em A.A. descobrimos que uma vez que começássemos a beber não conseguíamos parar.
Muitos de nós agora admitimos que justificamos nossas ausências no trabalho ou na escola por estarmos “doentes”, quando na verdade estávamos de ressaca ou bêbados.
Temos um “apagamento” quando bebemos por horas ou dias e não conseguimos nos lembrar dos acontecimentos. Quando chegamos em A.A. descobrimos ser este um sinal claro de um problema com a bebida.
Muitos de nós começamos a beber porque a bebida fazia com que a vida parecesse melhor, ao menos por um momento. Até ingressarmos em A.A., sentíamo-nos sem saída. Bebíamos para viver e vivíamos para beber. Estávamos doentes e cansados de estarmos doentes e cansados.
Respondeu SIM quatro vezes ou mais? Em caso positivo, é provável que você tenha problemas com o álcool. Porque dizemos isso? Porque centenas de pessoas em A.A. dizem isso há muitos anos. Elas descobriram a verdade a respeito delas – da maneira mais dura.
Mas novamente, somente você poderá dizer, com certeza, se A.A. é para você. Tente encarar este assunto com a mente aberta. Se a resposta for SIM, teremos satisfação em mostrar-lhe como conseguimos parar de beber. Entre em contato conosco.
A.A. não promete resolver os problemas de sua vida, mas podemos mostrar-lhe como aprendemos a viver sem a bebida “um dia de cada vez” e como permanecemos afastados do “primeiro gole”. Se não bebermos o primeiro não beberemos o décimo. E quando nos livramos do álcool, descobrimos que nossas vidas tornaram-se muito melhores.
Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil – JUNAAB
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