https://www.aa.org/sites/default/files/newsletters/sp_box459_april-may07.pdf
Box 4-5-9, Abr. Mai./2007 (pág. 6)
Ninguém pode afirmar com total segurança a respeito das raízes de “90 reuniões em 90 dias”. Nenhuma das pessoas que trabalham no Escritório de Serviços Gerais pode dizer onde se originou esse conselho ouvido em algumas reuniões de A.A. No Livro Azul ou no livro Doze Passos e Doze Tradições, não aparece nenhuma sugestão neste sentido. Entretanto, nos anos 1950 apareceu na Grapevine a menção de 90 dias como um ponto importante da sobriedade. Um artigo na edição de janeiro de 1959 – parte de uma série a respeito de palestras nas reuniões de novos, tinha o título “A prova dos 90 dias”. Nesse artigo é sugerida a possibilidade de dizer ao iniciante: “Gostaria de lhe propor que tome a decisão de se afastar da bebida por 24 horas por dia durante os próximos três meses. E também assistir a muitas reuniões, todas as noites, se for possível. Sem dúvida, você pode dedicar 90 dias de sua vida a essa experiência. Podem resultar os 90 dias mais úteis de toda sua vida. Pode determinar se é alcoólico, e se o é, é bom sabê-lo”.
Para alguns membros da Irmandade, faz muito sentido sugerir aos iniciantes que entrem plenamente no programa de A.A. nos primeiros meses. Os iniciantes que seguem esta sugestão estão livres de decidir se vão ou não assistir a uma reunião. Vão assistir e pronto.
Entretanto, outros acreditam que o conceito de “90 reuniões em 90 dias” vão contra o enfoque de A.A. de um dia de cada vez e, sugerir aos iniciantes que façam planos para daqui a três meses é pedir demais. Um membro de A.A. escreveu numa carta publicada pela Grapevine em março de 1988: “Se me houvessem exigido fazer qualquer coisa durante um período superior a 24 horas, provavelmente teria ido embora”.
Por outro lado, alguns membros de A.A. com vários anos de sobriedade dizem que estão assistindo a “90 reuniões em 90 dias” para reforçar seu programa.
No geral, os membros e os Grupos têm boas intuições para encontrar o que lhes dá resultado para manter a sobriedade. Obviamente, não há regras que determinem a quantas reuniões alguém deva assistir. O essencial é o que funciona para o indivíduo.