As Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos, apresenta uma visão clara dos princípios através dos quais funciona a Irmandade, delineando os meios pelos quais A.A. mantém sua unidade e se relaciona com o mundo exterior, sua forma de viver e desenvolver-se.
Há um interesse crescente acerca das Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos. Estudiosos de relações humanas começam a perguntar-se como e porque A.A. funciona como uma sociedade. Por que razão, indagam, nenhum membro de A.A. pode ter uma posição de autoridade pessoal sobre outro e não existe qualquer vestígio de governo central na organização? Como pode um conjunto de princípios tradicionais, despidos de qualquer força legal, manter a unidade e eficácia da Irmandade de Alcoólicos Anônimos? As Doze Tradições, embora destinado aos membros de A.A., fornecerá aos curiosos uma visão interna de Alcoólicos Anônimos nunca antes vista.
Os princípios básicos de A.A., na forma em que são conhecidos hoje, foram emprestados principalmente das áreas da religião e da medicina, embora algumas das ideias que tiveram importância decisiva para nosso sucesso foram adotadas como resultado de observação do comportamento e das necessidades da Irmandade.
Com a publicação do livro Alcoólicos Anônimos em 1939, findou-se o período pioneiro e iniciou-se uma prodigiosa reação em cadeia quando os alcoólicos recuperados começaram a levar a mensagem a outros também alcoólicos.
Nos anos seguintes chegaram a A.A. verdadeiras multidões de alcoólicos, principalmente devido à excelente e contínua publicidade oferecida gratuitamente por revistas e jornais do mundo inteiro. Tanto os clérigos como os médicos apoiaram o novo movimento, encorajando-o e aplaudindo-o sem restrições. Essa surpreendente expansão foi acompanhada de sérios problemas de crescimento.
Estava comprovado que os alcoólicos podiam se recuperar. Porém, faltava comprovar que um número tão grande de pessoas ainda desorientadas pudesse conviver e trabalhar, em harmonia e com eficiência. Por todo canto, surgiram perguntas delicadas sobre quem poderia ser membro, sobre dinheiro, relacionamentos pessoais, relações públicas, administração dos Grupos e clubes e dezenas de outras complicações.
Foi nesse vasto tumulto de experiências explosivas que as Doze Tradições de A.A. foram forjadas e publicadas inicialmente em 1946 e, mais tarde, confirmadas na primeira Convenção Internacional de A.A., realizada em Cleveland em 1950.
Sem unidade A.A. morrerá. Liberdade Individual e, não obstante, uma grande unidade. A chave do paradoxo: a vida de cada A.A. depende da obediência a princípios espirituais. O Grupo precisa sobreviver; caso contrário, não sobreviverá o indivíduo. O bem-estar comum vem em primeiro lugar. A melhor forma de viver e trabalhar juntos como Grupos.
De onde recebe A.A. a sua direção? A única autoridade em A.A. é um Deus amantíssimo que Se manifesta através da consciência do Grupo. A formação de um Grupo. As dores resultantes do crescimento. Os comitês rotativos são constituídos de servidores de Grupos. Os líderes não governam; eles servem apenas. Será que A.A. tem uma verdadeira liderança? Os “velhos mentores” e os “velhos resmungões”. Manifesta-se a consciência do Grupo.
A intolerância inicial estava baseada no medo. Privar qualquer alcoólico da oportunidade de experimentar A.A. significa, às vezes, pronunciar a sua sentença de morte. Regulamentos de ingresso abandonados. Dois exemplos de experiência. Qualquer alcoólico torna-se membro de
A.A. quando ele assim se declara.
Cada Grupo cuida de suas próprias atividades à sua maneira, salvo quando A.A. em seu conjunto esteja ameaçado. É perigosa tamanha liberdade? O Grupo, tanto quanto o indivíduo, é finalmente obrigado a aderir a princípios que garantam a sobrevivência. Dois avisos de tempestade – um Grupo não deve fazer nada que possa ferir A.A. em seu conjunto, nem se filiar a entidades alheias. Um exemplo, o “Centro de A.A.” que fracassou.
É melhor fazer uma coisa bem feita do que muitas mal feitas. A vida da nossa Irmandade depende deste princípio. A capacidade de cada A.A. de se identificar com o recém-chegado e de proporcionar-lhe a recuperação é uma dádiva de Deus… passar essa dádiva a outros é a nossa única finalidade. Não se consegue manter a sobriedade sem passá-la adiante
A experiência provou que não podíamos sancionar qualquer empreendimento, por melhor que fosse. Não podíamos representar todas as coisas para todos os homens. Percebemos que não podíamos emprestar o nome de A.A. a nenhuma atividade alheia.
Nenhuma outra tradição de A.A. nasceu tão dolorosamente como esta. No início, a pobreza coletiva foi uma necessidade. O medo de sermos explorados. A necessidade de separar o espiritual do material. A decisão de sustentar-nos com as contribuições voluntárias de A.A. apenas. Atribuição da responsabilidade de sustentar a sede de A.A. diretamente aos membros de A.A. A política da sede é a de ter apenas o dinheiro necessário para garantir o funcionamento e uma reserva prudente.
Não se pode misturar dinheiro com o Décimo Segundo Passo. Uma linha de separação entre o trabalho voluntário de Décimo Segundo Passo e os serviços pagos. A.A. não poderia funcionar sem empregados em tempo integral. Trabalhadores profissionais não são AAs profissionais. Relações de A.A. com a indústria, educação, etc. O trabalho do Décimo Segundo Passo nunca é pago, mas aqueles que trabalham para nós merecem o que ganham..
Juntas e comitês de serviços. A Conferência de Serviços Gerais, a Junta de Serviços Gerais e os comitês de Grupo não podem baixar diretrizes aos membros ou Grupos de A.A. Aos AAs nada se impõe – individual ou coletivamente. A ausência de imposição funciona porque, a não ser que cada AA siga os passos para a recuperação, ele assinará sua própria sentença de morte. A mesma condição se aplica aos Grupos. O sofrimento e o amor são os disciplinadores em A.A. A diferença entre o espírito de autoridade e o espírito de serviço. O objetivo de nossos serviços é colocar a sobriedade ao alcance de todos que a desejarem.
A.A. não toma partido em nenhuma controvérsia pública. A relutância em polemizar não é uma virtude especial. A sobrevivência e a difusão de A.A. são os nossos objetivos principais. As lições aprendidas com o movimento Washingtoniano.
As relações com o público são importantes para A.A. As boas relações com o público salvam vidas. Procuramos publicidade para os princípios de A.A., não para os membros de A.A. A imprensa tem cooperado. O anonimato pessoal em nível público é a pedra angular de nossa política de relações públicas. A Décima Primeira Tradição é uma advertência constante de que a ambição pessoal não tem lugar em A.A. cada membro torna-se um guardião ativo de nossa Irmandade.
A substância espiritual do anonimato é o sacrifício. A subordinação dos anseios pessoais ao bem comum é a essência de todas as Doze Tradições. Porque A.A. não podia permanecer como uma sociedade secreta. Os princípios estão acima das personalidades. Cem por cento de anonimato no nível público. O anonimato é a humildade verdadeira.
Trechos extraídos do Livro os Doze Passos e as Doze Tradições – Gravuras do Livro As Doze Tradições Ilustradas – Disponíveis em qualquer Grupo ou Escritório de A.A na íntegra. Ou em nossa loja virtual: https://loja-aa.org.br/.
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