Como A.A. seleciona seus diretores e os membros dos onze Comitês Permanentes dos Custódios? Como podem fazer os possíveis candidatos para dar a conhecer sua disposição de servir? E, o que sentem os atuais servidores a respeito desta fase de sua experiência de serviço em A.A.?
Muitos membros se fazem estas e outras perguntas com relação a estes muito importantes e pouco comentados trabalhos voluntários de A.A. Ao falar dos membros de comitê que não são custódios e dos diretores das corporações de serviço de A.A., junto com os diretores e membros do pessoal, Bill W. faz notar no IX Conceito: “Suas qualidades e dedicação, ou a falta delas, significam o sucesso ou fracasso para a nossa estrutura de serviço. Sempre dependeremos deles de maneira muito importante”.
De acordo com uma Ação Recomendável de Conferência de Serviços Gerais de 1991, foram incluídas no Manual de Serviços de A.A. as diretrizes que descrevem a maneira com que A.A. escolhe os membros os membros de comitê nomeados e os diretores A.A.W.S. – Serviços Mundiais de A.A. e da Revista Grapevine. Basicamente, as diretrizes dizem que o Comitê de Nomeações dos Custódios tem a última palavra. Os candidatos são selecionados entre os Currículos Vitae existentes nos arquivos; por recomendação de custódios, diretores, delegados e membros do pessoal do Escritório de Serviços Gerais – ESG, e da Grapevine, antigos e atuais. Alguns dos critérios considerados para o encargo de quatro anos de duração são: tempo de sobriedade continuada, dedicação e experiência no serviço de A.A. e qualificações especiais.
Na primavera passada (1992), Jaques F., de Pointe Claire, Quebec, Canadá, aposentado, com larga experiência em marketing e comunicações, chegou a ser membro do Comitê de Informação Pública – CIP, dos Custódios. “Durante a década passada, minha sobriedade e o serviço andaram juntos. Quando o delegado e o Custódio do Leste do Canadá receberam no ano passado uma carta do ESG na que se pedia que propusessem alguns candidatos, eles pensaram em mim. Apresentei a solicitação, e aqui estou”, diz Jaques.
Na sua primeira reunião de Informação Pública, diz Jaques, “olhei para meus companheiros. Entre os oito de nós, o Custódio coordenador e o membro do pessoal do ESG, que servia como secretário, tínhamos uns duzentos anos de sobriedade reunidos em volta da mesa. Para mim é um grande privilégio mental e espiritual, trabalhar com este maravilhoso grupo de pessoas em benefício de A.A.”.
Peter B., de Arlington, Virginia, recentemente nomeado diretor de A.A.W.S., serviu no Comitê de Custódios de Cooperação com a Comunidade Profissional – CCCP, e também é profissional no campo do alcoolismo. Em vista das mudanças que estão ocorrendo em A.A., tais como a chegada de um número maior de membros vindos depois de um tratamento com terapeutas ou conselheiros, ou que vem enviados por tribunais e instituições, “o trabalho do Comitê de CCP é cada vez mais importante. Se vamos levar uma mensagem consistente e precisa sobre como A.A. pode cooperar com a comunidade profissional sem se afiliar, temos que apoiar totalmente nossos comitês a nível local, que é onde se faz o trabalho”, diz Peter.
Da mesma maneira que Jaques F., do Canadá, Terry L., de Bloomington, Minnesota, chegou a ser membro do Comitê de Custódios depois de uma recomendação do seu delegado de Área. Como antigo coordenador do Comitê de Instituições de Tratamento – CIT, do Sul de Minnesota, foi muito ativo no programa Juntando as Margens da sua Área. Espera que seu trabalho no Comitê de Custódios de Instituições de Tratamento irá lhe ajudar a ampliar a visão de uma vasta rede de voluntários de A.A.
Terry diz que sempre tem muito em conta sua responsabilidade para com A.A. “Quando penso no bêbado que eu era 16 anos atrás e no que sou agora sóbrio, fico assombrado e agradecido. O mínimo que posso fazer é tratar de devolver algo do que me foi dado”.
De forma parecida, Olga M., de Friendswood, Texas, membro do Comitê de Custódios de Instituições Correcionais – CIC, deixa claro que “quando bebia, provavelmente fiz coisas pelas quais deveria ser presa, mas não fui. Hoje posso usar essas experiências para levar, mesmo que seja apenas a uma pessoa, a mensagem de sobriedade, amor e esperança de A.A. Isso é o que conta”.
Falando do alto de 25 anos de experiência como voluntária A.A. nas instituições correcionais, Olga diz que servir no Comitê de Custódios de IC “permite-me adquirir mais conhecimentos a respeito da Conferência de Serviços Gerais e da Irmandade em sua totalidade”.
Dennis R., de Freehold, Nova Jersey, é outo membro do Comitê de Custódios de IC e, como Olga, serve desde 1988, diz: “Sinto-me como se fosse aparentado com todos os membros do Comitê. Meu padrinho, Sonny J. me indicou para o Comitê e me ensinou a considerar essa função como um prolongamento do Décimo Segundo Passo de A.A.
Comprometi-me a levar duas reuniões por semana, uma ao presidio local e outra ao cárcere do condado. Felizmente minha mulher, Connie, nunca colocou objeções ao cumprimento dos meus compromissos de A.A., não se importando com o tempo que gaste neles”.
Sorrindo, ele diz: “Connie é um anjo, muito compreensiva e sempre posso contar com seu apoio. E em A.A. estou tratando de ser como ela”.